18 de novembro de 2010

Algumas palavras

Como explicar essa solidão incômoda que me acompanha passo!? E essa inquietude que dia sim, dia não resolve se abancar no meu sofá exigindo atenção, resmungando pensamentos desnecessários?
Por mais que eu tente não consigo me acostumar com os móveis, parece que tudo está fora do lugar ou parece que tudo foi comprado ontem ou ainda, parece tudo velho e obsoleto... É tudo isso em um segundo apenas...
Vai ver esse corpo nem é meu, nem nada disso que me rodeia. Vai ver eu acabei de acordar e ainda estou meio atordoada, tentando reconhecer tudo, tentando lembrar onde estou, mas não consigo e me resta uma enorme dor de cabeça que vou tratando com cochilos matinais. E enquanto eu durmo sonho com um mundo diferente desse, onde me sinto confortável comigo mesma e o violão não desafina...
Então solidão é isso... acostumar-se consigo mesmo e com os ecos dos seus próprios passos na casa vazia!? Gostaria que alguém viesse me visitar, que conversasse comigo a tarde inteira sobre essas colinas, sobre o sabor do café, sobre a casa que precisa de reforma, sobre essa angústia... Mas não adianta, o tempo passa, o pó assenta e a porta continua fechada, muda e fria.

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