23 de setembro de 2009 3 comentários

Maldito ciclo vicioso



Mais um cavaleiro tombou e desta vez o golpe veio de onde se menos esperava.

Os olhos cobertos de tristeza, enevoados por uma sombra terrível de mágoa.

Vicioso círculo, quanto asco sinto de você.

Eu deitei de cansada. Mais uma vez estavam me ferindo de morte eu nem sequer conseguia gritar. Sacudi-la e chamá-la por todos os nomes ruins que me vinham a cabeça. Eu apenas me observava deitada, inerte, sem qualquer vestígio de espírito, sem sequer piscar.

Eu devia saber que você não faria diferente. Eu deveria ter lutado mais contra essa vontade alucinante de me entregar. De me expor. Fiquei fraca o suficiente para que você pisasse e depois de usar, jogar fora.

Eu devia saber que você é igual a ela, talvez até pior. Ela pelo menos foi terrivelmente sincera. Você? Se enganou e ainda me enganou por tabela. Me usou para se sentir melhor e ter alguém do seu lado. Foi divertido ter alguém te amando?

Lembro-me de você me falando de traição, confiança, respeito... Que grande piada... O que você acha que é isso? Você não confiou em mim o suficiente para não ter medo de mostrar o que realmente sentia e queria. Não respeitou a única regra que eu havia imposto: seja sincera. Me traiu, sem perdão, quando ousou me fazer acreditar, quando me deixou sonhar, quando me deixou sentir que dali pra frente ia ficar tudo bem, que conseguiríamos... juntas.

Eu ainda te contei o que não consegui contar para mais ninguém. Eu devia saber que ultimamente não se confia em mais ninguém, não se pode amar mais ninguém.
 
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