11 de dezembro de 2008

Pseudo-poeminhas noturnos



Como um louco que não aceita sua doença
Não aceito que tu ainda estejas em mim
Não aceito quando todos insistem em chamar teu nome
Como se teu nome fosse um sintoma ou um remédio
E ao ouvir teu nome, todo meu ser desperta,
Assim como se tivesse acabado de amanhecer ou nascer.
E não aceito que tu sejas a causa da minha doença, da minha tristeza, de meu sorriso.
Mas o que eu não aceito, de jeito nenhum, é que não estejas aqui...
Para não me deixar não aceitar, nada disso.



O que é a tristeza senão uma doença que nos tira a razão?
O que é a tristeza senão uma dor latejante que nos enfraquece?
O que é a tristeza senão a ladra que nos tira o sono e nos rouba os sonhos?
O que é a tristeza senão os olhos d’água carregados pelo pranto, quase a faiscar?
E a tristeza, seria aquele não ter, que de quase ter acaba por perder
E perdendo, se sofre, por nunca ter tido.

In:Desconexo

2 comentários:

O Eu Flor que sonha. disse...

O que é a tristeza senão resquicios de um sentimento bom/
existencial o poema,lindas palavras!

adorei tb :) continue escrevendo aqui dy!
;***

Fóssil disse...

Dá vontade de escrever pelas paredes do meu quarto =] E achei muito interessante ser um poeminha "noturno"... são os tipos de pensamentos que vêm naquele crítico momento em que o sono não vem.

 
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